O Viscondado de Casco de Rolha agregava os territórios que atualmente pertencem aos concelhos de Casco de Rolha, Vila Nova de Santa Pinga, Casais de Cima, Casais de Baixo, Caralhais, Quinto do Caralho Mais Novo e Quinto do Caralho Mais Velho.
Durante a vigência do viscondado de Casco de Rolha todo o poder político do território em questão teve sede em Casco de Rolha mais propriamente nos Paços Viscondais onde o Visconde de Casco de Rolha os administrava.
Na Idade Média este centro de poder foi extremamente importante para toda a região do Vale de Casco. No decorrer do ano de 1260 já sob o viscondado do quarto Visconde de Casco de Rolha, D. Toninho Moutinho “O Segundo” bisneto de D. Farpas Moutinho que se constrói o cruzeiro paroquial junto da Ponte Velha e dos Paços Viscondais. Seguno D. Toninho Moutinho “O Segundo” o Cruzeiro Paroquial foi construído para demonstrar que Casco de Rolha é uma terra de cristãos. O cruzeiro serve como ponto de descanso para os peregrinos que vão de passagem.
D. Farpas Moutinho casou em 8 de Fevereiro de 1128 em Casco de Rolha com D.ª Quinhas de Menezes[1]. Do seu casamento resultou um filho que viria a tornar-se o Segundo Visconde de Casco de Rolha, de seu nome D. Farpas de Menezes Moutinho. Assim começou a descendência de D. Farpas Moutinho ilustre cavaleiro de Casco de Rolha que ajudou D. Afonso Henriques na luta contra os Mouros.
Aquando do viscondado do nono Visconde de Casco de Rolha, D. Cornélio Moutinho dá-se a famosa crise de 1383-85 da sucessão ao trono de Portugal. D. Cornélio Moutinho como “home” de gema e visionário viu que lhe dava mais mama apoiar D. João Mestre de Avis. Aquando das invasões espanholas em particular na Batalha de Aljubarrota, D. Cornélio Moutinho participou com valentia e isso valeu-lhe mais prestigio e poder no comando do Viscondado de Casco de Rolha.
Uns valentes anos mais tarde já no viscondado do 16.º Visconde, D. Neca Moutinho que acontece o maior acontecimento de todos os tempos em Casco de Rolha. Reza a lenda que em 29 de Julho de mil cinco e sessenta e cinco encontravam-se em cima de um monte em terras de casco três forasteiros a encher as brocas [2]e a beber uns canecos. De repente veem em cima de uma das pipas de vinho uma espécie de luz branca a pairar. Com tal acontecimento assustaram-se e “armandaram” uns farpões de aviso. Pouco depois ficou nítida a imagem de uma santa com um pires de tremoços na mão. “Perente” isto os forasteiros bastante devotos ajoelharam-se aos pés da santa e batizaram-na de Nossa Senhora dos Tremoços. No local onde apareceu a santa deixaram uma cruz e fizeram uma doação ao Mosteiro de São Cricalho de Casco de Rolha para mandar erigir no local uma capela, concluindo-se as obras no ano seguinte.
Uns anos mais tarde, dá-se o primeiro grande revaleste no poder do Viscondado de Casco de Rolha. D. Neca Moutinho o Visconde de Casco de Rolha como bravo cavaleiro que era foi chamado à intervenção na campanha no norte de áfrica comandada pelo rei D. Sebastião. D. Neca Moutinho na célebre Batalha de Alcácer Quibir em 1578 foi vítima de arrefecimento do céu da boca[3]. Como D. Neca Moutinho deixava a mota ir abaixo não conseguiu ter filhos e deixar descendência o poder passou para outra família burguesa de Casco de Rolha os Parajás sendo o poder instituído em D. Crispim de Parajá. D. Crispim de Parajá torna-se assim o 17.º Visconde de Casco de Rolha e o Visconde com o viscondado mais curto de sempre entre 1578 e 1580.
Em 1580 com a invasão de Portugal pelos espanhóis e respetivo “enxertamento da broa” do exército português comandado por D. António Prior do Crato é instituído rei de Portugal Filipe II de Espanha. Com o passar do poder régio para os espanhóis também o poder do Viscondado de Casco de Rolha passou para espanhóis. O “home” escolhido foi D. Juan de la Chica. Este governou o Viscondado de Casco de Rolha entre 1580 e 1622 aquando do seu arrefecimento do céu da boca.
Em 1622 o poder viscondal passa para D. Joaquin de la Chica filho de D. Juan de la Chica. Este vai perdurar até 1640 aquando da Restauração da Independência de Portugal conseguida por D. João IV.
Com a Restauração da Independência, D. João IV restitui todos os poderes do Viscondado de Casco de Rolha a um “home” que por direito era o pretendente ao cargo de Visconde de Casco de Rolha. Este “home” não é nada mais nada menos do que o neto de D. Crispim de Parajá de seu nome D. Crispim Toguinhas de Parajá. Deste modo regressa o poder viscondal à família de Parajá.
É no Viscondado de D. Crispim Toguinhas de Parajá que se dá um crescimento da romagem à Capela de Nossa Senhora dos Tremoços de peregrinos vindo dos quatro cantos do mundo e arredores. Com tal acontecimento, o pároco de Casco de Rolha à altura juntamente com D. Crispim Toguinhas de Parajá criam a Real Confraria de Nossa Senhora dos Tremoços. A confraria fica encarregue de zelar e gerir os dinheiros das esmolas que os peregrinos deixassem à santa. É já no viscondado do 23.º Visconde de Casco de Rolha, D. Carmelindo de Parajá mais concretamente no ano de 1750 que a Real Confraria de Nossa Senhora dos Tremoços decide criar as Grandiosas Festividades em Honra de Nossa Senhora dos Tremoços para homenagear a santa. Estas festividades decorrem ainda nos dias de hoje com grande pompa e circunstância.
No viscondado de D. Carmelindo de Parajá II em 1743 iniciam-se as obras de construção do Coreto. O Coreto foi construído em frente do Convento de São Cricalho do lado de lá da Rua do Coreto[4]. Segundo D. Carmelindo de Parajá II foi mandado construir o Coreto para embelezar a zona envolvente dos Paços Viscondais e Convento de São Cricalho.
[1] Ilustre fidalga de Casco de Rolha que se casou com D. Farpas Moutinho. É filha de D. Zé Raio Menezes companheiro de armas do pai de D. Farpas Moutinho.
[2] Comer
[3] Falecer
[4] Esta rua passou a chamar-se Rua do Coreto após a construção do mesmo nesta rua.
Durante a vigência do viscondado de Casco de Rolha todo o poder político do território em questão teve sede em Casco de Rolha mais propriamente nos Paços Viscondais onde o Visconde de Casco de Rolha os administrava.
Na Idade Média este centro de poder foi extremamente importante para toda a região do Vale de Casco. No decorrer do ano de 1260 já sob o viscondado do quarto Visconde de Casco de Rolha, D. Toninho Moutinho “O Segundo” bisneto de D. Farpas Moutinho que se constrói o cruzeiro paroquial junto da Ponte Velha e dos Paços Viscondais. Seguno D. Toninho Moutinho “O Segundo” o Cruzeiro Paroquial foi construído para demonstrar que Casco de Rolha é uma terra de cristãos. O cruzeiro serve como ponto de descanso para os peregrinos que vão de passagem.
D. Farpas Moutinho casou em 8 de Fevereiro de 1128 em Casco de Rolha com D.ª Quinhas de Menezes[1]. Do seu casamento resultou um filho que viria a tornar-se o Segundo Visconde de Casco de Rolha, de seu nome D. Farpas de Menezes Moutinho. Assim começou a descendência de D. Farpas Moutinho ilustre cavaleiro de Casco de Rolha que ajudou D. Afonso Henriques na luta contra os Mouros.
Aquando do viscondado do nono Visconde de Casco de Rolha, D. Cornélio Moutinho dá-se a famosa crise de 1383-85 da sucessão ao trono de Portugal. D. Cornélio Moutinho como “home” de gema e visionário viu que lhe dava mais mama apoiar D. João Mestre de Avis. Aquando das invasões espanholas em particular na Batalha de Aljubarrota, D. Cornélio Moutinho participou com valentia e isso valeu-lhe mais prestigio e poder no comando do Viscondado de Casco de Rolha.
Uns valentes anos mais tarde já no viscondado do 16.º Visconde, D. Neca Moutinho que acontece o maior acontecimento de todos os tempos em Casco de Rolha. Reza a lenda que em 29 de Julho de mil cinco e sessenta e cinco encontravam-se em cima de um monte em terras de casco três forasteiros a encher as brocas [2]e a beber uns canecos. De repente veem em cima de uma das pipas de vinho uma espécie de luz branca a pairar. Com tal acontecimento assustaram-se e “armandaram” uns farpões de aviso. Pouco depois ficou nítida a imagem de uma santa com um pires de tremoços na mão. “Perente” isto os forasteiros bastante devotos ajoelharam-se aos pés da santa e batizaram-na de Nossa Senhora dos Tremoços. No local onde apareceu a santa deixaram uma cruz e fizeram uma doação ao Mosteiro de São Cricalho de Casco de Rolha para mandar erigir no local uma capela, concluindo-se as obras no ano seguinte.
Uns anos mais tarde, dá-se o primeiro grande revaleste no poder do Viscondado de Casco de Rolha. D. Neca Moutinho o Visconde de Casco de Rolha como bravo cavaleiro que era foi chamado à intervenção na campanha no norte de áfrica comandada pelo rei D. Sebastião. D. Neca Moutinho na célebre Batalha de Alcácer Quibir em 1578 foi vítima de arrefecimento do céu da boca[3]. Como D. Neca Moutinho deixava a mota ir abaixo não conseguiu ter filhos e deixar descendência o poder passou para outra família burguesa de Casco de Rolha os Parajás sendo o poder instituído em D. Crispim de Parajá. D. Crispim de Parajá torna-se assim o 17.º Visconde de Casco de Rolha e o Visconde com o viscondado mais curto de sempre entre 1578 e 1580.
Em 1580 com a invasão de Portugal pelos espanhóis e respetivo “enxertamento da broa” do exército português comandado por D. António Prior do Crato é instituído rei de Portugal Filipe II de Espanha. Com o passar do poder régio para os espanhóis também o poder do Viscondado de Casco de Rolha passou para espanhóis. O “home” escolhido foi D. Juan de la Chica. Este governou o Viscondado de Casco de Rolha entre 1580 e 1622 aquando do seu arrefecimento do céu da boca.
Em 1622 o poder viscondal passa para D. Joaquin de la Chica filho de D. Juan de la Chica. Este vai perdurar até 1640 aquando da Restauração da Independência de Portugal conseguida por D. João IV.
Com a Restauração da Independência, D. João IV restitui todos os poderes do Viscondado de Casco de Rolha a um “home” que por direito era o pretendente ao cargo de Visconde de Casco de Rolha. Este “home” não é nada mais nada menos do que o neto de D. Crispim de Parajá de seu nome D. Crispim Toguinhas de Parajá. Deste modo regressa o poder viscondal à família de Parajá.
É no Viscondado de D. Crispim Toguinhas de Parajá que se dá um crescimento da romagem à Capela de Nossa Senhora dos Tremoços de peregrinos vindo dos quatro cantos do mundo e arredores. Com tal acontecimento, o pároco de Casco de Rolha à altura juntamente com D. Crispim Toguinhas de Parajá criam a Real Confraria de Nossa Senhora dos Tremoços. A confraria fica encarregue de zelar e gerir os dinheiros das esmolas que os peregrinos deixassem à santa. É já no viscondado do 23.º Visconde de Casco de Rolha, D. Carmelindo de Parajá mais concretamente no ano de 1750 que a Real Confraria de Nossa Senhora dos Tremoços decide criar as Grandiosas Festividades em Honra de Nossa Senhora dos Tremoços para homenagear a santa. Estas festividades decorrem ainda nos dias de hoje com grande pompa e circunstância.
No viscondado de D. Carmelindo de Parajá II em 1743 iniciam-se as obras de construção do Coreto. O Coreto foi construído em frente do Convento de São Cricalho do lado de lá da Rua do Coreto[4]. Segundo D. Carmelindo de Parajá II foi mandado construir o Coreto para embelezar a zona envolvente dos Paços Viscondais e Convento de São Cricalho.
[1] Ilustre fidalga de Casco de Rolha que se casou com D. Farpas Moutinho. É filha de D. Zé Raio Menezes companheiro de armas do pai de D. Farpas Moutinho.
[2] Comer
[3] Falecer
[4] Esta rua passou a chamar-se Rua do Coreto após a construção do mesmo nesta rua.